Design emocional: o que é e quais são os 3 níveis

design emocional

Saiba como seus produtos podem despertar sentimentos por meio do design emocional.

Parando para analisar o termo “design emocional” é possível ter uma noção do que se trata, não é mesmo?

O principal objetivo desse tipo de design é despertar sentimentos nas pessoas, sendo capaz de construir uma ligação emocional de imediato.

As características estéticas de um produto podem nos condicionar a tomar decisões à medida que nosso aspecto sensorial é estimulado.

Por isso, o design emocional é essencial na elaboração de um produto ou serviço, afinal ele pode determinar de maneira crucial a compra.

Neste artigo, vamos explicar o conceito de design emocional, quais são os 3 níveis que podem alavancar os seus resultados e como aplicar em seu negócio.

O que é Design Emocional?

O design emocional é o estudo sobre as características de um determinado objeto, a fim de analisar como essas características influenciam na percepção das pessoas, podendo causar repulsa ou atração.

É uma ferramenta muito importante e poderosa que impacta diretamente na usabilidade de um produto, sendo capaz de envolver o público-alvo por meio de uma experiência positiva, a qual agrega ainda mais valor ao produto.

Hoje em dia, as coisas mais prazerosas e simples funcionam melhor, como é o exemplo do flat design, afinal as empresas buscam evocar emoções como prazer, surpresa agradável, alegria e atenção de seus clientes.

Todos esses sentimentos são a base do design emocional, pois as conexões com produtos geradas por meio de sentimentos têm a capacidade de influenciar a tomada de decisão de seu público.

Para pensar de forma prática, lembre-se de quantas vezes você escolheu um produto por sua aparência estética, desde uma garrafa de água até um celular.

Quais são os 3 níveis que compõem o design emocional?

Ao falarmos de design emocional é preciso citar Donald Norman, um grande estudioso e autor do livro “Design Emocional: Por que adoramos (ou detestamos) os objetos do dia a dia”.

Em seu livro, Donald explica como é possível um objeto nos despertar sentimentos por meio do seu design e relaciona 3 níveis emocionais que um produto precisa atingir ou projetar para ser bem-sucedido, são eles:

Visceral

O nível visceral está relacionado ao subconsciente e, como seu próprio nome propõe, tem relação com algo de dentro para fora, ou seja, enraizado, quase como instintivo e impulsivo, sem depender do nosso lado racional.

Esse nível é desencadeado pelo lado sensorial, que é uma reação a qual não temos controle e configura como sendo a primeira experiência da pessoa com o objeto.

São as experiências sensórias que, na maioria das vezes, atraem as pessoas por objetos que são caracterizados por padrões de organização, além de formas arredondadas e cores vibrantes.

Em outras palavras, podemos dizer que, no nível visceral, os indivíduos são atraídos por elementos que são esteticamente agradáveis.

É por isso que muitos utensílios têm fama de serem mais bonitos do que funcionais, não tendo uma usabilidade boa, mas sendo altamente cobiçado por sua beleza.

Como é o caso do Power Mac G4 Cube, computador lançado pela Apple nos anos 2000, que foi muito cobiçado por sua estética, mas tinha um desempenho que deixava a desejar comparando com outros computadores da época.

Comportamental

O nível comportamental tem relação com o prazer ao realizar uma atividade sem interrupções, ou seja, o prazer proporcionado pela experiência de um produto.

Da mesma forma que o nível visceral, esse nível também opera no subconsciente, pois é um nível que diz respeito a um comportamento automático, o qual não temos controle.

No entanto, como a realização de tarefas é levada muito a sério nesse nível, a usabilidade do produto, sua eficácia e compreensão são levadas em consideração.

Em outras palavras, podemos dizer que o nível comportamental tem relação com o prazer que o indivíduo sente ao usar determinado produto, realizando uma ação no modo automático, sem ter grandes dificuldades.

Portanto, o nível comportamental diz respeito aos aspectos motores e físicos, ou seja, a capacidade de controlar uma ação e de que forma os indivíduos reagem diante uma atividade.

Vale ressaltar que enquanto o visceral está relacionado à beleza e à organização do produto, o comportamental está relacionado com o comportamento de um indivíduo diante um produto.

Reflexivo

O último nível é o reflexivo, também chamado de superego, o qual se encontra em uma região do cérebro a qual não temos controle, mas conseguimos refletir, analisar e examinar.

Nesse nível, entram as memórias afetivas, em que familiarizamos e associamos com a visão do que desejamos ter e onde queremos chegar.

Por isso, esse nível tem relação com status social e a forma como o indivíduo se sente ao utilizar um produto.

Se uma marca conseguir atingir os 3 níveis do design emocional, as chances de aumentar seu índice de aceitação, aprovação e suas vendas aumentam consideravelmente.

Basicamente, o design emocional possibilita que o seu negócio tenha o poder de mudar o pensamento de decisão de compra dos consumidores.

Por que o design emocional contribui com um número maior de vendas em sua empresa?

Agora que você chegou até aqui, deu para perceber que é possível estimular o consumidor por meio do design, certo?

Afinal, o design está presente desde a criação do produto até a sua usabilidade, em que seu objetivo é:

  • Atrair e encantar o público;
  • Informar com textos estrategicamente colocados;
  • Influenciar na decisão de compra.

Vale ressaltar que o design emocional pode estar presente em materiais impressos, digitais e design de site.

O designer é o profissional encarregado de estudar uma série de combinação entre cores, tipologias, imagens e formas, sempre com o objetivo de atrair o público.

Por esse motivo, o design emocional é uma estratégia que o seu negócio pode aderir para se conectar com seu público, influenciando no processo de compra e desencadeando um processo emocional, fazendo com que aquele cliente se fidelize.

Conclusão

Como falamos anteriormente, se o seu produto conseguir atingir os 3 níveis, as suas chances de aceitação e aprovação aumentam.

A estratégia de design emocional é válida para empresas que desejam criar uma ligação emocional com o público, em que essa ligação será um fator determinante na compra de um produto ou aquisição de um serviço.

Além disso, as chances do seu negócio ser amado e defendido por seus clientes aumentam, fazendo com que seu produto seja associado emocionalmente à vida das pessoas que o utilizam.

FAQ

O que é design emocional?

O design emocional é o estudo sobre as características de um determinado objeto, a fim de analisar como essas características influenciam na percepção das pessoas, podendo causar repulsa ou atração.

Quais são os 3 níveis do design emocional?

Visceral, comportamental e reflexivo.

Qual a diferença entre o nível visceral e o nível comportamental?

Embora ambos estejam no espectro do subconsciente, o visceral está relacionado à beleza e à organização do produto, enquanto o comportamental está relacionado com o comportamento de um indivíduo diante um produto.

De que forma o design emocional afeta a decisão do cliente?

O design emocional é uma estratégia que o seu negócio pode aderir para se conectar com seu público, influenciando no processo de compra e desencadeando um processo emocional, fazendo com que aquele cliente se fidelize.

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